18.5.09

capucci

A história da moda é cheia de nomes importantes que contribuiram de forma determinante para o como encaramos a moda hoje. Não só revolucionaram seu tempo, como continuam influenciando estilistas da atualidade, que buscam nos gênios do passado, inspiração para inovar. Entretanto, por incrível que pareça, alguns desses gênios não tem todo o reconhecimento que deveriam. Não pela grande maioria das pessoas, claro. É de um desses gênios que vamos falar hoje: o italiano Roberto Capucci.
Nascido em 1929, estudou na Academia de Belas Artes de Roma. Trabalhou por um pequeno período com o estilista Emilio Schuberth, mas logo abriu sua própria casa, em 1950, com apenas 21 anos.
Recebeu, em 1956, elogios de Christian Dior, que o considerava o melhor estilista italiano. Em 1962 já tinha uma bem sucedida casa funcionando em Paris, entretanto, sua sede principal foi estabelecida em 1968 na Via Gregoriana em Roma.


Contudo, o que o faz tão importante e único para a história da moda é que Capucci não fazia uma moda comercial. Seus desfiles eram silenciosos e sem grandes "báfáfás". Capucci nunca aceitou duplicar os vestidos para as suas clientes. Dizia que elas deveriam entrar nos modelos apresentados na passarela ou então, não comprariam as peças.

Sobre suas inspirações, disse: "A naturez é minha mentora. No meu jardim, silenciosamente observando com uma percepção de fantasia infantil, me ajudou a criar uma compreensão do equilíbrio e uma constante busca pela perfeição, proporção e harmonia". O resultado eram criações completamente inusitadas, intensas, únicas e geniais. O trabalho de modelagem e uso dos tecidos é incrível. É por este experimentalismo, seu uso inovador dos tecidos que seu trabalho só pode ser descrito como uma verdadeira arquitetura, o que o torna uma referência ainda mais importante para a atualidade, levando em consideração que a moda, cada vez mais, estreita laços com a arquitetura, vide coleções como a de Jil Sander para o inverno 2009.

Seu interesse academico em moda levou Capucci a afastar-se do aspecto comercial da mesma em 1980. Nos anos subsequentes, de 1982 à 1996 ele criou uma coleção por ano para diferentes cidades como Tokyo, Milão, Roma, Berlim, entre outras, as quais eram expostas em museus juntamente com o trabalho de outros grandes artistas.

Muitos dos maiores museus do mundo já mostraram a obra dete gênio da moda. Hoje, o acervo de mais de 400 vestidos-esculturas de Roberto Cappucci fica na Villa Bardini, em Florença, que também hospeda a Fundação que leva o nome do grande estilista italiano, descoberto na capital toscana, na década de 50.
Além dos vestidos e esculturas de tecido, 22 mil esboços, 300 ilustrações, 20 cadernos de rascunhos, 150 arquivos audio-visuais e, pasmen, 40 mil fotografias, fazem parte do acervo da Fundação Roberto Cappucci, isso sem falar no arquivo de mais de 50 mil reportagens e artigos dedicados à obra do estilista pela imprensa mundo afora. A gente quer ir lá ontem!
Abaixo, algumas imagens de "esculturas" criadas por Capucci:











Fantástico, né?
Agora observem alguns looks da coleção da Atelier Versace para primavera 2009 ao lado de criações de Capucci. Qualquer semelhança não é mera coincidência.




Nada como boas referências.
Beijo, beijo
Gabi e Je

Um comentário:

ThaísFire disse...

Nossa, lindas as criações dele!
Parecem vestidos de origami o.O
ameeeeei!!!!

Boa semana, gurias!