Com 39% dos votos, o look favorito desta semana foi o de quinta-feira. Nele mostramos uma composição legal para ir para a beira da praia sem cair no lugar comum. A peça chave da produção é o chapéu panamá. Nesta estação chapéus estão em alta, como foi possível observar para quem acompanhou os desfiles de verão aqui no Brasil. O chapéu panamá, por sua vez, ocupa lugar de destaque, podendo aparecer de diversas formas, dando espaço para ser usado de diversas formas.
A moda definitivamente pegou e faz a cabeça de muits celebs no Brasil e no mundo.
Apesar do nome, o chapéu panamá é feito no Equador, local no qual tem o apelido de El Fino. A história começa em 1526, quando espanhóis chegaram ao atual Equador e viram que tribos locais usavam uma palha muito bonita em seus cocares. Para levá-la a Espanha, eles pediram que as artesãs locais tecessem a palha que era popularmente conhecida por toquilla (palha da planta Curludovica Palmata).
Desde então, os chapéus confeccionados com esta palha tem adornado a cabeça de muita gente importante. Winston Churchill, Getúlio Vargas, Santos Dumont, Al Capone e Tom Jobin foram alguns de seus mais fiéis usuários.
Mas a popularidade de chapú panamá começou realmente depois que, em 1906, o então presidente norte-americano Theodore Roosevelt viajou ao canal do panamá e foi visto e fotografado usando um exemplar.
São muitos os tipos de chapéu panamá que são classificados de acordo com seu traçado e sua qualidade. Os melhores são as versões Montecristi e Jipijapa. A qualidade de um chapéu panamá é definida por sua feitura artesanal que permite que o ar passe entre as tramas da palha. Desta forma ele fica leve e maleável, mas não se rompe com o tempo. Mas para conseguir esse efeito e qualidade, o processo é lento e trabalhoso. Famílias inteiras são mobilizadas para produzí-lo, sendo que um chapéu pode levar cerca de quatro meses para ficar pronto (!!!!).
O processo se dá da seguinte forma: as folhas verdes da Carludovica Palmata ou da macora (palha de qualidade inferior) são desfiadas e imersas em água fervente com pó de enxofre, que dá a sua cor marfim. Em seguida são colocados no sol por 20 minutos. Este processo, entretanto, deve ser feito logo pela manhã ou no final da tarde, pois o sol muito forte pode queimar a palha. Depois de seca, a palha vai receber uma sova para suavizar a palha e deixá-la esticada. A última parte é a mais trabalhosa e é feita somente por mulheres. Elas tecem a copa em espiral de forma a entrelaçar as fibras até formarem o diâmetro exato do chapéu. Para confeccionar as abas, as artesão colocam essa primeira parte já tramada do chapéu em uma fôrma cilíndrica de madeira. Para dar a forma, utiliza-se uma técnica antiga, criada no século XVI, que é o molde a fogo, feito com ferro e brasa. A finalização é feita aparando-se os fios rebeldes com tesoura e o acabamento consiste na colocação da fita por dentro e fora do chapéu, segundo as medidas escolhidas.
Luxo.
Beijo, beijo
Gabi e Je
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