“A vida é uma ópera”, diria Machado de Assis em Dom Casmurro e foi assim que se desenrolou a microssérie da Globo, Capitu. Nela, a memória é que foi contada e por isso, nada foi literal. Cenários, fotografia, iluminação, narrativa... tudo acompanhava o tom de ópera. Nem as roupas eram literais.
O figurino era sem dúvida, do século XIX. Homens elegantes, de bengala e cartola e mulheres com seus imensos vestidos, porém, a atmosfera era toda teatral e fluída, nada era simétrico. "As roupas estão todas enviesadas, em ondas, com movimento orgânico", ressalta Beth Filipecki, supervisora da equipe de figurino, que, entre outros, contou com Thanara Schönardie, criadora de moda formada no curso de Moda e Estilo aqui de Caxias. (à parte: vale a pena conferir o lindo trabalho da moça no http://www.thanaraschonardie.com/)
Mas o destaque com certeza foi para as roupas de Capitu que, segundo Beth, tiveram inspiração partindo de Watteau, chegando aos modelos de alta costura de Galliano. Quando jovem, Bentinho a via como uma princesa delicada, mas leve, livre, solta e feliz da vida, como uma cigana, por isso, na primeira fase foram explorados os tons claros e usadas camadas e camadas de tecidos transparentes e luminosos na anágua sob a saia. Anágua essa que remetia à espuma do mar de ressaca presente nos olhos de Capitu, assim descritos pelo próprio Bentinho.
O figurino era sem dúvida, do século XIX. Homens elegantes, de bengala e cartola e mulheres com seus imensos vestidos, porém, a atmosfera era toda teatral e fluída, nada era simétrico. "As roupas estão todas enviesadas, em ondas, com movimento orgânico", ressalta Beth Filipecki, supervisora da equipe de figurino, que, entre outros, contou com Thanara Schönardie, criadora de moda formada no curso de Moda e Estilo aqui de Caxias. (à parte: vale a pena conferir o lindo trabalho da moça no http://www.thanaraschonardie.com/)
Mas o destaque com certeza foi para as roupas de Capitu que, segundo Beth, tiveram inspiração partindo de Watteau, chegando aos modelos de alta costura de Galliano. Quando jovem, Bentinho a via como uma princesa delicada, mas leve, livre, solta e feliz da vida, como uma cigana, por isso, na primeira fase foram explorados os tons claros e usadas camadas e camadas de tecidos transparentes e luminosos na anágua sob a saia. Anágua essa que remetia à espuma do mar de ressaca presente nos olhos de Capitu, assim descritos pelo próprio Bentinho.
A poesia do figurino continuou conforme Capitu foi ficando adulta... durante a incansável espera por seu amado, restaurou e coloriu tecidos e vestidos do antigo baú de Dona Glória, mãe de Bentinho. Seus vestidos passaram então a ser de organza e seda pura e os volumes de suas saias continuaram se derramando em ondas, mas agora viraram o próprio oceano, espalhando tons profundos, que iam desde cinzas, passando por um azuis e verdes, chegando a tons de vermelho e magenta, como se pudéssemos mergulhar em seus sentimentos.

Por favor: continuem, continuem, continuem...
Beijo, beijo
Gabi e Je
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